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sábado, 16 de junho de 2012

Sequência Didática Prática de leitura na EJA

Tema: Minha história em poesia

Objetivos
- Ampliar o repertório literário.
- Trocar opiniões sobre a leitura.
- Acionar estratégias que permitam descobrir o que está escrito e onde.

Conteúdos
- Leitura de texto poético.
- Sistema de escrita.

Anos
1º e 2º.

Tempo estimado
Dez aulas.

Material necessário
Cartões, lápis e cópias da poesia Das Pedras, de Cora Coralina, publicado em Meu Livro de Cordel.

Desenvolvimento 
1ª etapa
Apresente a autora Cora Coralina aos alunos. Conte a eles que ela teve uma vida marcada por dificuldades comuns a muitas mulheres: viveu presa aos afazeres domésticos e com pouco dinheiro. Casou-se com alguém que não gostava que ela se ocupasse com atividades que lhe dessem evidência. Relate que Cora sempre gostou de escrever, mas só muito tarde foi estimulada a publicar suas produções.

2ª etapa
Transcreva o poema Das Pedras no quadro e leia em voz alta para a turma, apontando cada palavra e verso. Repita a leitura mais de uma vez, usando a mesma estratégia para que todos possam entrar em contato com o texto. No fim, pergunte o que mais chamou atenção e que ideias estão presentes no material. Faça uma lista com as palavras relacionadas ao que for dito pelos estudantes e convide-os a escrever nos cartões a palavra que resume a principal ideia ou sentimento do texto. Exponha-as no mural da sala.

3ª etapa
Repita a leitura e convide o grupo a pensar se o que foi colocado na lista é pertinente ou não e se é necessário acrescentar outras palavras.

4ª etapa
Divida os alunos em duplas e distribua uma cópia do texto para cada uma delas. A tarefa é encontrar e grifar as palavras que já se sabe ler, inclusive o termo pedra, que aparece muitas vezes. Peça que eles expliquem como fizeram para encontrá-lo.

5ª etapa
Leia este verso em voz alta: "Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim" e pergunte à turma a que pedras Cora Coralina pode estar se referindo. Anote as respostas em uma lista e amplie a discussão para formar outra, com respostas a questões como: quais as pedras que costumam cair sobre os velhos? E sobre os brasileiros?

6ª etapa
Sugira que os alunos escrevam a palavra pedra e a associem à sua experiência de vida. No caso de alunos que ainda não escrevem, aja como um escriba. Lembre-os de que associar uma palavra a seus significados é uma descoberta importante para quem está aprendendo a língua escrita.

Avaliação
Releia o poema e pergunte ao grupo o que mudou na compreensão do texto depois das atividades. Analise a coerência entre as respostas e as perguntas que foram feitas durante todo o trabalho e as mudanças efetivas entre a leitura inicial e a final.

Fonte pesquisada: Revista Nova Escola
Disponível em:  http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/pratica-leitura-eja-repertorio-literario-511982.shtml

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Gostou? Pode se interesar pelos links abaixo:

Sequência Didática: Escrita coletiva na EJA

 Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/escrita-coletiva-eja-linguagem-oral-carta-coletiva-512021.shtml

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Educação de Jovens e Adultos

Para você que quer se preparar melhor e saber mais sobre a EJA, organizamos vídeos, reportagens e planos de aula elaborados para alunos que não podem ser tratados como crianças crescidas. Boa leitura! 

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/eja/ 

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 Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência

O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo 

Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?utm_source=redesabril_fvc&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_novaescola

Mensagem Reflexiva

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domingo, 10 de junho de 2012

Tema Gerador - EJA fase I


TRABALHANDO COM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Coleção publicada pela SECAD/MEC
São cinco cadernos temáticos, que contribuem para a prática de sala de aula dos educadores e educadoras da educação de jovens e adultos.
O material apresenta situações concretas e permite a visualização de modelos que podem ser comparados com suas práticas, a partir das quais são ampliadas as questões teóricas.
Disponível em: http://forumeja.org.br/node/887

UMA VISÃO SOBRE O LUGAR DOS CONTEÚDOS
Essa escola, que se volta inteira para os alunos jovens e adultos, tem a tarefa essencial de pensar e definir os critérios de escolha do que deve ensinar e o lugar que devem ocupar os conteúdos.

Devemos considerar que o sentido de aprender, nas classes de EJA, está no encontro dos alunos com a satisfação de suas necessidades e expectativas.
Estas foram se construindo ao longo da vida, a partir e no contexto de sua cultura. É desse lugar, ou seja, de sua cultura, que os alunos partem e podem atribuir sentido ao conhecimento. (caderno 2 - P.9)

No começo dos anos de 1960, Paulo Freire levantou uma questão fundamental para a educação: a importância de se trabalhar com temas significativos para os alunos. É a mesma com a qual nos ocupamos agora, neste momento da nossa conversa sobre a sala de aula e a perspectiva dos conteúdos.

Paulo Freire propôs o que chamou de TEMAS GERADORES: educador e educando debruçam-se sobre aspectos da realidade que, mantendo ligação com o universo conhecido deles, são capazes de impulsioná-los para novas descobertas. (caderno 2 - P.11)

Trabalhar com temas geradores ajuda a organizar o trabalho de sala de aula porque possibilita uma aprendizagem significativa. (caderno 2 - P.12)

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PARA SABER MAIS SOBRE TEMA GERADOR

Relato de experiência (caderno 2 - P.12)
“... O primeiro tema que eu e Marli decidimos trabalhar foi o que chamamos: Quem sou eu?
Comecei distribuindo para todos os participantes do grupo um crachá em branco. Fui perguntando o nome de cada um e enquanto falavam ia escrevendo-os no quadro de giz. Perguntei depois por qual nome eram conhecidos e, desta vez, fui escrevendo no crachá, com uma letra de forma grande. No outro lado do crachá escrevi o nome inteiro. (caderno 2 - P.12)
Todos colocaram os crachás com os nomes menores e fizemos muitos exercícios andando pela sala..
_ Pedi que procurassem algum colega com um nome que começasse pela mesma letra do seu;
_ Que fizessem grupos de pessoas que tinham no nome o mesmo número de letras;
_ Que fizessem grupinhos de pessoas com nomes que terminava igual;
_ Que fizessem uma fila começando com o nome menor e acabando com o maior.
Passamos a trabalhar com papel e lápis. Todos tinham uma folha em branco e copiavam nela o nome que estava no crachá.

Pedi, então, que procurassem nas caixas de letras que havia na sala, a letra inicial do nome deles, e que depois colassem a letra encontrada na mesma folha.
Foi a maior confusão, porque um número razoável de participantes não conseguiu encontrar sua letra. Chegando mais perto, notei que a dificuldade estava no fato de pegar as letras recortadas e não saber em que posição colocá-las. No dia seguinte, resolvi esta questão porque colei nas tampas das caixas o alfabeto e, assim, quem tinha dificuldade podia observar o modelo para se orientar. Enquanto procuravam e colavam sua letra, escrevi no quadro os nomes deixando um espaço na frente deles.

Pedi que fizessem grupos de 2 em 2 e falassem um pouco de si mesmos para o colega. Contassem como eram, as coisa que gostavam, as que detestavam, o que faziam durante o dia, se tinham filhos, marido, mulher, o que gostariam de aprender etc... (caderno 2 - P.13)
Pedi então que cada um escolhesse uma palavra parecida com ele
(ou ela) e que servisse para completar uma frase do tipo: “Mara é ............................................”
Pedi que dissessem a palavra escolhida e fui preenchendo os espaços deixados no quadro:
ANA É BRIGUENTA
BRITO É TRABALHADOR
ANTÔNIA É ALEGRE
ROSA É CALADA
JOSÉ É JARDINEIRO
CÍCERO É PAI DE 5 FILHOS...
Pedi que cada um escrevesse a sua frase no caderno.
No dia seguinte, escrevi no quadro as características de cada um.
À medida que chegavam procuravam a sua e escreviam  pelo menos a primeira letra do seu nome.

 (Avaliação formativa ) 1
Dos 23 alunos que tenho, 8 encontraram sua característica e escreveram o nome com grande facilidade; 7 precisaram olhar no caderno para poder reconhecer a palavra; 4 precisaram fazer várias tentativas até acertar; e 4 não se lembravam mais da característica que tinham dado a si próprios e tiveram imensas dificuldades em encontrar esta característica no quadro...
Eu queria que todos conhecessem algumas palavras para ajudar a pensar na forma como se escreve. Por este motivo, registrei na folha de cada um três palavras que gostariam muito de escrever.
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Foi interessante porque as palavras foram quase todas nomes próprios de filhos, namoradas, marido e mulher. Alguns queriam o nome da cidade onde nasceram.  (caderno 2 - P.14)
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RODAS DE CONVERSA

Uma rotina voltada para a formação do grupo deve contemplar um espaço diário para conversas. É muito comum, em classes de EJA, que os alunos iniciem conversas sobre os mais diferentes temas. Não podemos esquecer que a escola é, para estes homens e mulheres, também um espaço de sociabilidade.

Além disso, se falamos de jovens e adultos, falamos de pessoas com opiniões acerca dos mais diferentes assuntos e que, por essa razão, têm muito o que dizer, especialmente a respeito do mundo social.

O espaço diário de conversa é o lugar da construção de afinidades e de uma intimidade. Aos poucos, cada um vai conhecendo melhor o jeito de pensar do outro, quais são seus valores, como se expressa, as marcas da sua fala. Os mais velhos certamente têm muito o que dizer pelo próprio tempo vivido. Os mais jovens podem expor as questões que os ocupam, as expectativas que têm, as esperanças que os movem, os temores que sentem.

Muitos são os temas e propostas que o (a) professor(a) pode trazer para iniciar as rodas de conversa, para que elas possam se configurar como:
  •  Momento em que os alunos emitem suas opiniões sobre um determinado tema, trazido por eles mesmos ou pelo (a) professor(a);
  • Momento em que decidem os rumos de um projeto, um estudo, uma visita a algum lugar significativo da cidade;
  •  Momento em que apreciam uma imagem, uma história;
  • Momento em que analisam uma notícia, um acontecimento na comunidade local ou no mundo, uma nova informação;
  • Momento em que dão notícias acerca de sua própria vida dentro e fora da escola;
  • Momento em que avaliam seu percurso no caminho do conhecimento e do crescimento pessoal e coletivo;
  •  Momento em que comentam as notícias do rádio, do jornal ou da televisão. (caderno 2 - P.25)

A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E A CRIAÇÃO DE UMA ROTINA

“Construir uma rotina é tecer uma articulação harmoniosa entre as atividades, no tempo e no ritmo que se desenvolve o espaço. (Madalena Freire )

Um grupo se compõe dentro de uma rotina de trabalho e de vivências que se estrutura no tempo a partir dos ritmos e marcas particulares. Para instaurar um grupo harmonioso e produtivo, no qual cada pessoa se sinta atendida em suas necessidades, é preciso que essa rotina conte com marcas bem definidas, equilibrando diversidade e constância, o tempo todo. Isto significa que, mesmo apresentando atividades variadas, o grupo precisa contar com uma rotina própria. (caderno 2 - P.28)

Click no link do caderno 2:  A sala de aula como espaço de vivência e aprendizagem , que será direcionado ao  MEC

Ver exemplo de cronograma:

Sequência Didática: Prática de leitura na EJA
Fonte: Nova escola 
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/pratica-leitura-eja-repertorio-literario-511982.shtml

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Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência

O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo 

Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?utm_source=redesabril_fvc&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_novaescola

 


Plano de Trabalho Docente - EJA fase I


Encontro de Formação Continuada - EJA 2012
Tema: Plano de Trabalho Docente
Assuntos: Qual é a sua importância no cotidiano de sala de aula?
Dia: 26/05/2012                  
Horário: 18h30min às 21h30min
Local: Salão nobre da prefeitura Municipal

Teoria X prática  









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